sexta-feira, 1 de julho de 2011

Para se chegar

Para chegar até Alaide, Dogival, Ritinha, Angelita, Dina, o senhor João Laurentino e tantos e tantos outros dos quais passei minha infância inteira ouvindo, este é o percurso a se percorrer... ou será que é para chegar mais perto de mim mesma?          R.

Um comentário:

  1. O ônibus estaciona. Poeira fumaça e muita gente. Despedidas e abraços. Subiu alguns degraus, procurou o seu lugar através do corredor, sentou-se à janela e olhou para fora, lá algumas pessoas a espera de um ultimo aceno. A porta se fecha o motorista da à partida, e o ônibus parte finalmente rumo à estrada tão ansiada e temida, desejada e evitada que se abria diante dela. Seria a primeira vez que partia sozinha assim para tão longe? Só ela e a estrada e algumas recordações. Seus olhos castanhos que através do vidro vêem o asfalto que se abre diante dela. Cada quilometro que passa é um quilometro a menos para o seu destino, cada quilometro que passa é um quilo a menos de preocupação e um metro a mais de uma saudade que aos poucos se acentua. A vista se alarga com o horizonte que muda, se a pouco havia prédios agora há grandes espaços, a estrada segue o seu caminho, hora reta hora curva, sobe e desce neste mar de morros onde às vezes ao longe se vê uma casinha a navegar. Os olhos só acompanham a paisagem mutante, mas a cabeça vai longe com seus pensamentos e caraminholas ao som de alguma música que a faz lembrar-se de sua vida, casa e amigos, e que a estimula a seguir, tal qual a estrada, sempre em frente. E eu que aqui fico seguindo minha estrada desejo boa viagem, e espero o seu retorno com a bagagem cheia de fotos e histórias para contar.

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