O que mais estranhei ao voltar de viagem foi a televisão, de repente esse objeto tornou-se muito barulhento, acelerado e agressivo, parecia que atingia um estado de calma e tranquilidade que obtive durante uma semana longe de tudo isso. O pior foi que em três dias já estava entregue ao sofá e as fortes cores que aquele vidro refletia e as coisas que divulgava.
A rotina volta lentamente, para a maioria é o preço necessário para que de vez enquando conseguir escapar dela, o que muda, é como você a encara. Não é preciso entregar-se totalmente a rotina... minimamente há maneiras de se escapar...O sol é mesmo em qualquer lugar do mundo, talvez um pouco esfumaçado em algumas cidades, mas pode-se acordar mais cedo e vê-lo nascer claro, apenas sentar num ponto alto e observa-lo... Pode-se ser gentil com as pessoas, por aqui é mais difícil pois estão todas afundadas em problemas e com os nervos a flor da pele, mas é possível tentar...É preciso viver a cada dia como se estivessemos em uma constante viagem, cada lugar é um novo país, cada pessoa é uma cultura nova com um idioma diferente. É procurando o novo, no que pensamos ser há muito conhecido, que construiremos os caminhos, as pontes, trajétos e novos horizontes...Até que possamos novamente, pegar algumas poucas coisas, entrar em um ônibus e realmente sair pra um local distante.
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