Nunca viajei no ano novo, quando criança passávamos sempre em casa, com os familiares. E já fazem 16 anos que passo a virada do ano na cidade de Santos. Apesar de simples, apesar da praia sem graça, cinza, cercada por prédios enormes e tortos que barram toda a brisa do mar, eu adoro passar o ano novo lá.
Saímos uma hora antes, vou caminhando lentamente até a praia e observo as pessoas se juntando, e a praia vai sendo ocupada por pessoas de branco, azul, amarelo, felizes, jogando rosas ao mar. Faltando um minuto para a meia-noite, os holofotes da orla se apagam e todos esperam pela queima de fogos que estão em pequenas barcas no mar.
Esse ano foram 12 barcas espalhadas em quase 8km de praia. Não sei a duração ao certo, dizem que foi a segunda maior queima de fogos no país... isso não interessa. Foi realmente muito bonito. Pulei com dificuldade as tão conhecidas 7 ondinhas, o mar esse ano estava tão calmo que quase não se formavam ondas para serem puladas.
Sempre gostei muito desse momento, e aprendi a lidar com o receio dos fogos, gosto de sentir os pés na areia bem molhada, o solo chega a tremer durante as explosões. Rezo... agradeço. Desejo me livrar de todas as coisas que fizeram mal pra mim nesse ano que passou, e peço por um 2016 mais bondoso e com novos caminhos para todos. Que toda essa alegria e esperança que contagia as pessoas naquela praia e em tantas outras possa durar o ano inteiro, porque assim fica mais lidar com os problemas do dia-a-dia.
Caminhantes, desejo que possamos ver novas paisagens por aí, conversar com novas pessoas e se encantar com o mundo em que estamos.
Que façamos nosso próprio caminho em meio à tantos trajetos traçados!
Para alguns pode ser apenas mais uma folhinha retirada do calendário, mas tem uma sensaçăo de começar de novo e isso é muito bom!
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