Então eu recebi um convite para ir com uns amigos passar o fim de semana (e o que seria o fim das minhas férias) em Iguaçu, preparei uma mochila simples com umas cinco trocas de roupa, biquíni, chinelo, pasta e escova de dente, protetor... estava tão leve quanto poderia estar. Saímos no dia 04 de janeiro depois do almoço, fomos de carro, nos deslocamos para oeste do estado de São Paulo até chegar a Ourinhos, entramos no Paraná já era quase noite, andamos ainda até Maringá onde passamos a noite, no outro dia acordamos cedo e prosseguimos a viagem até a cidade de Foz. No Paraná, assim como em outras regiões do Brasil, os latifúndios são a paisagem comum por extensões e extensões de terra, é assustadoramente impressionante ver um estado sendo consumido pela soja e pelo milho e saber que enquanto milhares não têm nenhum teto, alguns “barões” possuem propriedades equivalentes ou maiores do que países da Europa.
Plantação de soja no estado do Paraná.
No dia em que chegamos a Foz, cruzamos a ponte da amizade, isso deveria ser umas 16hs, em Ciudad del Este o comércio começa a fechar por volta deste horário, então não vimos muita coisa, mas, é engraçado perceber as fronteiras não só como separações físicas mas, sobretudo culturais, permitindo nestas zonas de encontro mesclas curiosas.

Bom, então a história terminaria aqui, meus amigos continuariam a viagem pela Argentina e Uruguai, e, eu voltaria para São Paulo de ônibus para acordar na segunda-feira do dia 9 às cinco horas e ir trabalhar em um lugar que eu não entendo e nem quero me encaixar...
Na manhã do dia 7, estávamos tomando café e eu resolvi, contrariando o que eu já havia decidido, contrariando a situação da minha conta no banco, contrariando os compromissos e a minha pequena mochila, decidi aceitar a proposta da minha amiga e prosseguir a viagem com eles. Terminamos o café, pagamos o hotel, pegamos a mala e almoçamos na cidade de Walda na Argentina.