segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Janeiro de 2012

A surpresa, o inesperado, a subversão ao que é racional ou lógico é uma das coisas que mais me atraem...
Então eu recebi um convite para ir com uns amigos passar o fim de semana (e o que seria o fim das minhas férias) em Iguaçu, preparei uma mochila simples com umas cinco trocas de roupa, biquíni, chinelo, pasta e escova de dente, protetor... estava tão leve quanto poderia estar. Saímos no dia 04 de janeiro depois do almoço, fomos de carro, nos deslocamos para oeste do estado de São Paulo até chegar a Ourinhos, entramos no Paraná já era quase noite, andamos ainda até Maringá onde passamos a noite, no outro dia acordamos cedo e prosseguimos a viagem até a cidade de Foz. No Paraná, assim como em outras regiões do Brasil, os latifúndios são a paisagem comum por extensões e extensões de terra, é assustadoramente impressionante ver um estado sendo consumido pela soja e pelo milho e saber que enquanto milhares não têm nenhum teto, alguns “barões” possuem propriedades equivalentes ou maiores do que países da Europa.









Plantação de soja no estado do Paraná.


No dia em que chegamos a Foz, cruzamos a ponte da amizade, isso deveria ser umas 16hs, em Ciudad del Este o comércio começa a fechar por volta deste horário, então não vimos muita coisa, mas, é engraçado perceber as fronteiras não só como separações físicas mas, sobretudo culturais, permitindo nestas zonas de encontro mesclas curiosas.
No dia 6 fomos conhecer as tão esperadas Cataratas do Iguaçu (o lado brasileiro). Para mim não é necessariamente a virada de ano que marca o começo de um novo ciclo, mas, um bom banho seja de chuva, cachoeira ou mar, lá eu não tomei propriamente um banho, mas ver uma imensidão de água jorrando sem parar teve força equivalente para renovar as energias e trazer paz. É um lugar de beleza singular que compensa o fato da taxa de entrada ser cara, em vista de outros parques nacionais, de não haver opções diversificadas para alimentação e de estar ligado mais a iniciativas privadas que públicas.


Bom, então a história terminaria aqui, meus amigos continuariam a viagem pela Argentina e Uruguai, e, eu voltaria para São Paulo de ônibus para acordar na segunda-feira do dia 9 às cinco horas e ir trabalhar em um lugar que eu não entendo e nem quero me encaixar...
Na manhã do dia 7, estávamos tomando café e eu resolvi, contrariando o que eu já havia decidido, contrariando a situação da minha conta no banco, contrariando os compromissos e a minha pequena mochila, decidi aceitar a proposta da minha amiga e prosseguir a viagem com eles. Terminamos o café, pagamos o hotel, pegamos a mala e almoçamos na cidade de Walda na Argentina.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Conchas



Na sexta feira dia 6 saí com quatro amigas para o municipio de Conchas no interior de São Paulo. O município surgiu quando se tornou ponto de descanso dos tropeiros, que paravam às margens do Rio das Conchas para descansar e passar a noite. A região antes de sua fundação, em 1887, era percorrida por tropas de burros que transportavam as mercadorias para Botucatu e Tietê. Decorrente a isso, muitos viajantes acabaram se fixando nas proximidades de um ribeirão - o Ribeirão das Conchas, onde possuía abundância de moluscos que deixavam suas "conchas" nas margens. O avanço da antiga ferrovia, "Sorocabana Railway",até o vizinho povoado de Pereiras em 1888, fez com que novos moradores procurassem se estabelecer. Conchas foi elevado a Distrito de Paz em 1896, onde deixou de pertencer a Tietê e passou ao Município de Pereiras em 1899. Em 1902, retornou a Tietê e em 1916 conseguiu sua autonomia político-administrativa.

Ficamos hospedadas da casa da Kelle, irmã mais velha da minha amiga geogógrafa Cátia, fomos muito bem recebidas, andamos km’s no sol, pegamos chuvas, tomamos cerveja, andamos à cavalo, tomamos cerveja, visitamos o rio Tiete, tomamos cerveja. A cidade é linda e o sitio maravilhoso, foi uma visita rápida mas marcante.

D.